Pete Hegseth obteve votos suficientes na sexta-feira para se tornar o próximo secretário da Defesa dos EUA, uma grande vitória para o presidente dos EUA, Donald Trump, após forte oposição dos democratas e até de alguns republicanos ao seu controverso candidato.
Hegseth, de 44 anos, foi confirmado após uma votação de 50 a 50 no Senado, quando o vice-presidente JD Vance veio à Câmara para desempatar, depois que três republicanos – Mitch McConnell, junto com Susan Collins e Lisa Murkowski – aderiram todos os democratas e independentes votando não.
Trump falou sobre Hegseth momentos antes de Vance dar o voto de desempate para confirmá-lo.
“Temos um grande secretário de Defesa e estamos muito felizes”, disse Trump ao embarcar no Força Aérea Um, após avaliar a devastação do incêndio na Califórnia.
O presidente disse que não se importava com o fato de McConnell, o ex-líder republicano do Senado, ter votado contra a confirmação de Hegseth porque “o importante é vencer”.
Esta é a segunda vez que um vice-presidente tem que desempatar em relação a um nomeado para o Gabinete. O ex-vice-presidente Mike Pence deu o voto de desempate para confirmar Betsy DeVos como secretária de educação no primeiro mandato de Trump.
O historiador do Senado disse na época que a votação de Pence foi a primeira de um vice-presidente a quebrar um empate de 50 a 50 na nomeação para o Gabinete.
Alegações, preocupações sobre comportamento passado
A confirmação de Hegseth veio em meio a dúvidas sobre suas qualificações para liderar o Pentágono em meio a acusações de consumo excessivo de álcool e comportamento agressivo em relação às mulheres.
Raramente um nomeado para o Gabinete enfrentou preocupações tão amplas sobre a sua experiência e comportamento como Hegseth, especialmente para um papel de tão alto perfil na liderança das forças armadas dos EUA.
Mas o Senado liderado pelos republicanos estava determinado a confirmar o ex-apresentador da Fox News e veterano combatente para completar os principais funcionários do Gabinete de segurança nacional de Trump.
Os democratas que se opuseram à sua nomeação pensaram diferentemente da adequação de Hegseth.
“Pete Hegseth é realmente o melhor que temos a oferecer?” perguntou o senador Jack Reed, de Rhode Island, o principal democrata no comitê das forças armadas, instando seus colegas a pensarem seriamente sobre seu voto.
Mas o líder da maioria no Senado, John Thune, abriu a sessão de sexta-feira dizendo que Hegseth, como um veterano da Guarda Nacional que serviu em missões no Iraque e no Afeganistão, “trará a perspectiva de um guerreiro” para o cargo militar de topo.
“Já se foram os dias das distrações”, disse Thune, referindo-se às iniciativas de diversidade, equidade e inclusão que estão sendo implementadas no governo federal dos EUA. “O foco do Pentágono estará no combate à guerra.”
O próprio Hegseth estava telefonando na sexta-feira para reforçar seu apoio, e sua confirmação estava em jogo.