
David Lynch morreu aos 78 anos, anunciou a família esta quinta-feira. De Hollywood vão chegando as reacções à morte do cineasta, artista plástico e músico que nos levou a lugares de sonhos e pesadelos, do fantástico e incompreensível.
Lynch “não estava interessado em respostas, porque compreendia que as perguntas são o motor que nos torna quem somos. São o nosso fôlego”, escreveu o actor Kyle MacLachlan, o protagonista de Picos Gêmeossérie em que interpreta o agente do FBI Dale Cooper. “Sentirei a falta dele mais do que os limites da linguagem podem expressar e mais do que o meu coração pode suportar. O meu mundo é tão mais cheio porque o conheci e tão mais vazio agora que partiu.”
Entre as estrelas de Picos Gêmeostambém Lara Flynn Boyle se despediu do “verdadeiro Willy Wonka do cinema”. “Sinto que recebi o bilhete dourado ao ter a oportunidade de trabalhar com ele. Sentiremos muita falta dela”, disse a atriz que deu vida a Donna Hayward, citada pela revista on-line norte-americana Prazo final.
“Ele foi corajoso, brilhante e um dissidente com um grande sentido de humor”, recordou Nicolas Cage, que contracenou com Laura Dern em Coração Selvagem. “Ele era um gênio singular no cinema e um dos maiores artistas deste ou de qualquer outro tempo.”
Do mundo da música, lamentaram a morte de David Keith Lynch o guitarrista Slash e Billy Corgan, dos The Smashing Pumpkins, que contribuiu para a banda sonora do filme de 1997 Estrada Perdida; além de The Weeknd, Sting e Questlove.
“Ele era um homem gracioso e um artista destemido que seguiu seu coração e sua alma e provou que o experimentalismo radical pode produzir um cinema inesquecível”, nas palavras do ator americano Ron Howard.
David Lynch havia revelado há seis meses um diagnóstico de enfisema pulmonar, em uma mensagem em que garantiu aos fãs que não planejava se aposentar.