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Cartas ao director

Cartas ao director


Por que perdoamos Netanyhau e Putin?

Enquanto Putin e Netanyhau continuam a sua onda criminosa, sem desculpa possível e traduzida nas barbaridades cometidas e vistas por milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro – no caso de Netanyhau, poderá até a sua acção ser considerada um genocídio -, o mundo tarda em acordar. Quando os países livres e defensores da democracia tomarem as atitudes correctas, o que já deveriam ter feito há algum tempo, provavelmente a Ucrânia terá perdido uma parte do seu território e os Palestinianos da Faixa de Gaza já não existirão. Nessa altura e tal qual como agora sucedeu com a morte do Papa Francisco, a hipocrisia terá milhares de “carpideiras”, chorando todas e todos sobre o sangue em vão derramado e clamando ao mundo que nada podiam fazer. A pergunta mantém-se e é esta: por que continuamos a tudo perdoar a Netanyhau e Putin? Será que é preciso que apareça um homem como Salgueiro Maia para agitar os espíritos e as mentes?

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

“Gestão de pessoal” no SNS

Caros leitores. Hesitei durante muito tempo em escrever esta carta, porque conheço médicos do SNS, sei que são óptimos profissionais e o que vou escrever pode dar uma ideia de que o problema do SNS é das pessoas que lá trabalham. Mas não é isso. O SNS na minha opinião sofre apenas de uma gritante má “gestão de pessoal”. Porque é que as urgências só estão encerradas quando há férias no Verão, no Natal seguido de Ano Novo, “pontes” entre o 25 de Abril e 1 de Maio e outras datas similares? Porque todos os profissionais do SNS querem (gostam) ter férias nessas alturas e não há ninguém que lhes diga que não, se essas férias prejudicarem o funcionamento dos serviços. Há muitas outras actividades que têm que funcionar 24h sobre 24h – por exemplo, a Polícia – e essas actividades não param, nem encerram, porque há alguém a gerir. No SNS tudo indica que não há ninguém com autoridade/competência para fazer essa gestão. Logo, quando o pessoal vai de férias em massa, as urgências têm que fechar. Claro. Nunca haverá pessoal suficiente para ir toda a gente de férias no Verão e datas similares. Culpados? Aqueles (administradores hospitalares?) cuja responsabilidade deveria ser gerir adequadamente os recursos humanos do SNS.

Fernando Vieira, Lisboa

Rússia atingiu os seus objectivos na Ucrânia?

Segundo Lavrov, a Rússia está pronta para chegar a um acordo de paz, o que significa que Putin atingiu grande parte dos objectivos que pretendia com a invasão da Ucrânia. O expoente desse objectivo seria, certamente, chegar a Kiev, desapossar Zelensky do poder – quiçá prendê-lo ou assassiná-lo – e colocar no poder um serventuário de Putin. Não conseguiu esse objectivo o autocrata russo porque a União Europeia e os Estados Unidos sob a presidência de Joe Biden prestaram uma inestimável ajuda militar ao exército ucraniano que, com bravura, resistiu – e continua a resistir – estoicamente. Segundo Donald Trump, a Crimeia não fará parte da Ucrânia e faltará saber que outras partes do território da Ucrânia serão cedidas à Rússia, o que a acontecer será uma vergonha, com as ditaduras a levarem por diante os seus desígnios agressivos. O histrião Trump não se coíbe de dizer que admira Putin – ao contrário de Biden, que o apelidou de “carniceiro” – e acha-o um grande líder, o que se afigura bizarro, vinda, essa apreciação, de um presidente cuja constituição americana está imbuída de princípios democráticos. A Rússia faz tábua rasa desses princípios e ao omnipotente Putin não lhe interessam os princípios democráticos, mas os seus “princípios”. Se Kamala Harris tivesse vencido as eleições presidenciais americanas, qual seria a actual situação na Ucrânia? Haveria ainda maior empenho dos Estados Unidos na ajuda militar a este país? Continuaria Putin a levar por diante a sua ofensiva até transformar a Ucrânia num imenso cemitério ou recuaria perante uma atitude mais firme e assertiva dos Estados Unidos? Já se viu que Trump tem “respeitinho” por Putin e evita contrariá-lo. Até onde poderá ir Trump para convencer Putin a parar a agressão à Ucrânia, pressionando-o a devolver território ucraniano ilegalmente conquistado pelos russos ao longo dos três anos e tal que já dura o conflito?

António Cândido Miguéis, Vila Real



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