![EUA vendem armas a Israel num valor superior a sete mil milhões de euros EUA vendem armas a Israel num valor superior a sete mil milhões de euros](https://i2.wp.com/imagens.publico.pt/imagens.aspx/1976328?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG&share=1&o=BarraFacebook_Publico.png&w=1920&resize=1920,19&ssl=1)
Os Estados Unidos aprovaram a venda de bombas, munições e mísseis no valor de 7,4 mil milhões de dólares (7,2 mil milhões de euros) a Israel, que utilizou armamento norte-americano nos sucessivos ataques à Faixa de Gaza no último ano e meio, divulgou Washington esta sexta-feira.
O acordo de armamento inclui a venda de bombas, kits de orientação e foguetes no valor de 6,75 mil milhões de dólares (6,54 mil milhões de euros), bem como mísseis Hellfire no valor de 660 milhões de dólares (640 milhões de euros), de acordo com a informação do Departamento de Estado ao Congresso norte-americano.
A proposta de venda de bombas “aumenta a capacidade de Israel para enfrentar as ameaças actuais e futuras, reforça a sua defesa nacional e serve de impedimento às ameaças regionais”, pode ler-se num comunicado da Agência de Cooperação em Segurança de Defesa dos EUA (DSCA).
O anúncio surge durante a semana de visita oficial do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a Washington D.C.
Numa conferência de imprensa conjunta na terça-feira, Netanyahu e Donald Trump destacaram a decisão do Presidente dos Estados Unidos de remover todos os obstáculos à entrega de bombas a Israel.
Já no final do seu mandato na Casa Branca, Joe Biden ameaçou suspender o envio de armamento para Israel, ao abrigo da legislação que proíbe a ajuda militar norte-americana a países que impeçam a chegada de ajuda humanitária a civis, mas não chegou a tomar medidas. Apesar de Israel ter ignorado o ultimato, o fluxo de assistência militar continuou.
Depois de, também na terça-feira, Trump ter assumido a intenção de controlar a Faixa de Gaza e expulsar o povo palestiniano do território, através de um “realojamento permanente” em países vizinhos, na quinta-feira insistiu que Gaza será “entregue aos Estados Unidos por Israel no final dos combates”.
O anúncio gerou amplos protestos internacionais, com a Organização das Nações Unidas a alertar que a deslocação forçada de população, como sugerida por Trump, “equivale a limpeza étnica”. O plano de Trump foi também recusado veementemente pelo Hamas, que governa a Faixa de Gaza, pela Autoridade Palestiniana na Cisjordânia ocupada, bem como por vários líderes de nações árabes.
Também altos responsáveis da Administração Trump recuaram na ideia e rejeitaram planos para a retirada de palestinianos de Gaza, presença militar no território ou financiamento da reconstrução do enclave arrasado pelas forças israelitas.